Plantas Aquáticas

Vitória Régia – Vitória Amazônica

Vitória Régia - Vitória Amazônica

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A Vitória Régia – Vitória Amazônica é uma herbácea, pertence à família Nymphaeaceae, nativa do Brasil, perene, de crescimento rápido e aquática.

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Descrição

A raiz é um rizoma que fixa-se no fundo lodoso dos lagos e se liga a folha por meio de uma haste longa, submersa e flexível de até 8 m de comprimento, com diversos espinhos em sua extensão, tendo o papel de transportar o alimento até a folha.

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Vitória Régia - Vitória Amazônica

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Folhas muito grandes, de até 2,5 m de diâmetro, que flutuam na superfície da água. São bastante espessas, tendo grande resistência na água, devido às nervuras cheias de ar e gases. A superfície inferior, e coberta por espinhos, como forma de se proteger do ataque de bichos e por micro-pêlos que funcionam como impermeabilizantes. Possui bordas levantadas até 13 cm, com duas fendas laterais, que são canais de escoamento, encaminhando a água das chuvas para o lago.

Quando jovem ela tem o formato de um coração”

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Vitória Régia - Vitória Amazônica

As folhas adultas suportam até 45 kg se forem bem distribuídos em sua superfície.

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Vitória Régia - Vitória Amazônica

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Flores solitárias, flutuantes, com aroma suave (como do abacaxi), com até 40 cm de diâmetro. Compostas de pétalas externas brancas e as internas púrpura ou rosa-escuro, duram apenas 2 dias, depois morrem. Surgem no verão e são polinizadas por besouros.

“Desabrocham na cor branca no finalzinho da tarde do primeiro dia e fecham-se ao amanhecer. Ao entardecer do segundo dia, voltam a se abrir, so que agora estão aptas para polinização e adquirem coloração rósea, que dura até a manhã seguinte”.

Surgem nas águas rasas do rio Amazonas, tais como lagoas marginais e igarapés. É uma das maiores atrações turísticas da Floresta Amazônica.

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Cuidados com a Vitória Régia

Clima: Tropical, Equatorial.

Seu cultivo é delicado e seu desenvolvimento só acontece em meio ao calor equatorial, tendo ainda pouca tolerância ao frio.

Em seu habitat a acumulação de húmus na parte inferior é suficiente para manter o crescimento.

Hoje existe o controle por novas tecnologias (adubação e hormônios) em que é possível controlar o tamanho dos pratos, sendo utilizada no paisagismo urbano, tanto em lagos quanto em espelhos d’água.

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Uso Popular

A Raiz é um rizoma e um reservatório energético da planta, é rico em amido, ferro e sais minerais.

As raízes da vitória régia soltam um suco que os índios usam para tingir de negro os cabelos. Já suas folhas têm propriedades laxantes e cicatrizantes. A semente é comestível.

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Sobre a Vitória Régia

Em 1837, foi batizada como Vitória régia, em homenagem a rainha Vitória da Inglaterra, que chegou a vê-la florida no Kew Garden de Londres. Entretanto, descobriu-se mais tarde que, 5 anos antes, a planta já havia sido classificada como Euryale amazônica. Para evitar confusão e não melindrar a Sua Majestade, o nome oficial ficou sendo Victoria amazônica.

Segundo uma lenda indígena, uma índia, tomada pelo amor, queria tocar a lua para se tornar uma estrela e saciar sua paixão. Ao ver a lua refletida na superfície de uma lagoa, a jovem mergulhou, pensando poder tocá-la, e afundou-se nas águas. Comovida com o destino da bela índia, a lua decidiu transformá-la numa estrela das águas “A Vitória Régia”.

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Propagação

Multiplica-se por sementes e por divisão do rizoma. Após a morte das flores, estas não sendo comidas pelos peixes mergulham na água e penetram no lodo, onde amadurecem suas sementes para rebrotar.

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Vitória Régia - Vitória Amazônica.

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