ArbustosGramíneas

Bambu no Paisagismo

Bambu no Paisagismo

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O Bambu é uma planta da subfamília Bambusoideae, que pertence a família das gramíneas (Poaceae ou Gramineae). Essa subfamília se subdivide em duas tribos, a Bambuseae (os bambus chamados de lenhosos) e a Olyrae (os bambus chamados herbáceos).

Calcula-se existam cerca de 1.250 espécies de Bambu no mundo e novas espécies e variedades são acrescentadas ano a ano.

O bambu é um termo comum para um grande número de gramíneas gigantes.

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Descrição

Rizomas são caules subterrâneos que crescem, reproduzem-se e afastam se do bambu para colonizar novos territórios. Todos os anos novos brotos crescem dos rizomas formando as partes aéreas do bambu e após o terceiro ano os rizomas não dão mais brotos.

Os bambus seguem basicamente dois comportamentos. Há os que apresentam rizomas leptomorfos que são alastrantes e os com rizomas paquimorfos que formam moitas localizadas.

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Bambu no Paisagismo

Bambus alastrantes (não entouceirados) enviam rizomas horizontais sob a superfície do solo, e novos brotos crescem a partir de brotos laterais ao longo do comprimento dos corredores. Esse comportamento cria bosques de colmos amplamente espaçados que se espalham ampla e rapidamente.

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Bambu no Paisagismo

Bambus agrupados (entouceirados) emitem brotos nas extremidades dos rizomas. Esse comportamento cria aglomerados de colmos relativamente espaçados que não se espalham de forma invasiva.

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Bambu no Paisagismo

Colmos – As hastes verticais do bambu são chamadas de colmos e podem ser de vários tamanhos, desde relativamente pequenos com 10-15 cm até os gigantes com mais de 40 metros de altura.

– Os Colmos de bambu alastrantes, emergem do solo em seu diâmetro total e crescem até sua altura final em uma única estação de crescimento.

– Já os colmos de bambus agrupados, no início são pequenos e a medida que a touceira e seu sistema de rizomas amadurecem, produzem colmos mais altos e maiores a cada ano até que a planta se aproxime de seus limites específicos de altura e diâmetro.

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No ano seguinte de seu crescimento, a parede polpuda de cada colmo endurece lentamente e durante o terceiro ano, o colmo endurece ainda mais, tornando-se totalmente maduro.

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Bambu no Paisagismo

FolhasNa maioria dos Bambus a folhagem é pequena e delicada. São formadas em ramificações laterais dos colmos e podem viver por até dois anos. Embora os bambus sejam naturalmente perenes, algumas espécies de bambu são decíduas ou semidecíduas.

Na primavera a nova folha surge semelhante a um pequeno broto atrás da folhagem existente. Este pequeno pico se expande até o comprimento de uma folha e se desenrola suavemente, ao final desse processo, a folhagem existente é derrubada pela planta. Ou seja, a troca é gradual e pode passar despercebida, a menos que seja realizada uma inspeção minuciosa.

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Flores – O florescimento do bambu é muito raro. A maioria das espécies de bambu produzirá flores após um ciclo de crescimento. A duração do ciclo varia muito dependendo da espécie e pode ser de 30 a 120 anos.

Os bambus geralmente são monocárpicos, vivem por muitos anos antes da floração, depois florescem e semeiam profusamente antes de morrer.

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Usos no Paisagismo

Bambu no Paisagismo

Em paisagismo dependendo da espécie, o bambu pode ser usado: como cerca viva; formando túneis; plantado em vasos ou diretamente no solo.

Há um certo receio de se plantar bambu, temendo que ele se torne invasivo. Quando plantado diretamente no solo e for próximo há uma construção é recomendado fazer uma barreira de concreto ao redor da planta.

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No entanto, se devidamente selecionado e instalado, o bambu é uma solução excelente e de baixa manutenção que realmente tem muitos benefícios para melhorar a terra e criar movimento a paisagem, além de ser uma barreira natural isolando o som externo e criando privacidade.

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Cuidados com o Bambu

Clima: A maioria das espécies de bambu são nativas de climas tropicais quentes e úmidos e de climas temperados quentes. No entanto, muitas espécies são encontradas em diversos climas, variando de regiões tropicais quentes a regiões montanhosas frias e florestas de nuvens altas.

O bambu gosta de calor e umidade. Por essa razão, costuma-se plantá-lo ao lado de cursos d’água, de represas e lagos.

É pouco exigente quanto ao solo, mas cresce melhor em solos profundos, férteis, leves, arenosos e com boa drenagem.

Deve-se plantar o bambu no início da época das chuvas, para melhor pegamento das mudas.

O caule cresce até sua altura máxima no primeiro ano, portanto no ano seguinte o crescimento é limitado à produção de novos ramos laterais e folhas.

Em algumas espécies tropicais, o novo caule pode chegar até 40 metros de altura, com crescimento diário de mais de 40 cm.

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Curiosidades

A velocidade de crescimento é tão grande que, contam alguns, que os brotos novos produzem gemidos tão lastimosos, suficientes para aterrorizar pessoas distraídas que se encontrem nas proximidades do bambuzal.

Por se tratar de uma gramínea, tem sistema radicular muito resistente e devido a isso, pode-se fazer sucessivos cortes na parte aérea. “Para se ter uma ideia de sua capacidade de regeneração, o único ser vivo no epicentro da bomba de Hiroshima que (depois de 15 dias da explosão), deu sinal de vida foi uma touceira de bambus recém-brotada”.

O bambu entrou para o Guinness Book, o livro dos recordes, porque o Dendrocalamus giganteus tem o crescimento mais rápido do mundo: 1 m por dia.

Estudos mostram que certas espécies de bambu captam até três vezes mais carbono do que as árvores e, com isso, devolvem ao ar uma quantidade maior de oxigênio. Além disso, a planta contribui para a contenção de encostas de rios, já que apresenta muitas raízes.

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Propagação

Multiplica-se por sementes, divisão de touceiras ou rizomas.

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