Líquens – Fungos Liquenizados
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Líquens são uma forma de vida complexa, é uma parceria simbiótica de dois organismos separados, um fungo e uma alga. O parceiro dominante é o fungo, que dá ao líquen a maioria de suas características, desde o formato do talo até os corpos frutíferos. A alga pode ser uma alga verde ou uma alga azul-verde, também conhecida como cianobactéria. Muitos líquenes terão os dois tipos de algas.
Líquenes vêm em várias cores. A coloração é geralmente determinada pelo componente fotossintético. Pigmentos especiais, como ácido amarelo-usnico, dão aos líquens uma variedade de cores, incluindo vermelhos, laranjas, amarelos e marrons, especialmente em habitats secos expostos. Na ausência de pigmentos especiais, geralmente são cinza ou verde-acinzentado a marrom.
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O que são fungos?
Os fungos são um grupo diversificado de organismos que estão em seu próprio reino (Fungi), separados das plantas. Fungos não contêm clorofila ou qualquer outro meio de produzir seus próprios alimentos, então eles dependem de outros organismos para nutrição. Os fungos são amplamente conhecidos por seu papel na decomposição da matéria orgânica.
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O que são algas?
Algas estão em outro reino (Protista) separado de plantas e fungos. Existem vários tipos de algas e podem ser: verde, marrom, vermelha e dourada. Elas podem sobreviver em água salgada e em água doce por conta própria. No entanto, quando fazem parte de uma parceria simbiótica com os fungos, podem viver em qualquer ambiente.
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Liquens prejudicam as plantas?
Os líquens não prejudicam as plantas em que crescem, apenas se fixam nelas. Eles crescerão em qualquer coisa que permaneça imóvel por tempo suficiente, incluindo plantas de crescimento lento, troncos de árvores, pedras, postes, cercas, troncos caídos, lápides e até o solo.
São raramente encontrado em plantas saudáveis e de rápido crescimento, porque a casca da árvore esta sempre crescendo e dificultando sua fixação. Devido a isso se desenvolvem nas plantas que perderam o seu vigor, ou que chegaram ao fim da vida e talvez seja melhor substituí-las.
Normalmente se desenvolvem em local úmido e seu crescimento é de maneira progressiva. No início aparece apenas uma pequena crosta, com pouco mais de alguns centímetros. Em plantas, com o decorrer dos meses e dos anos a crosta aumenta de tamanho até cobrir toda a casca.
Os líquenes podem experimentar uma perda completa da água do corpo em períodos secos e são capazes de sobreviver a níveis extremamente baixos de água. No entanto, quando a água se torna disponível, eles a absorvem rapidamente, tornando-se macia e carnuda em minutos.
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Importância
Produzem ácidos que degradam rochas e ajudam na formação do solo, tornando-se organismos pioneiros em diversos ambientes. Esses ácidos também possuem ação citotóxica e antibiótica.
Quando a associação é com uma cianobactéria, são fixadores de nitrogênio, sendo importantes fontes de nitrogênio para o solo.
Algumas espécies são comestíveis, servindo de alimento para muitos animais.
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Os líquens são divididos de acordo com algumas características, entre elas, a forma como se aderem ao substrato, o talo e os órgãos reprodutivos. Se dividem em:
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Líquens Crostosos – A estrutura laminar e dorsiventral é desprovida de córtex inferior, se aderindo ao substrato por toda a medúla. São difíceis de serem arrancados com a mão por estarem muito grudados ao substrato.
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Líquens Crostosos Escamosos – Na forma como se aderem, apresentam pequenas escamas em sua estrutura laminar. Grande adesão ao substrato.
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Líquens Crostoso Leproso – Neste tipo de líquen, lembram estruturas veludadas, finas ou espessas. Grande adesão ao substrato.
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Líquens Foliosos – A estrutura laminar é dorsiventral e não se prende ao substrato por toda a superfície. É comum possuírem projeções especializadas no córtex inferior. Sua estrutura laminar lembram pequenas folhas.
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Líquens Fruticosos – São ramificados, cilíndricos ou achatados. Sua estrutura laminar lembra arbustos crescendo ereto.
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Líquens Gelatinosos – Este tipo de líquen apresenta uma estrutura pastosa, escura, lembrando folhas umidecidas.
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Líquens Dimórficos – Em seu estágio inicial apresentam uma forma (em geral esquamulose) e depois passam a crescer em outra forma (normalmente fruticulosa ou foliácea), apresentando duas formas na fase adulta.
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Habitat
Os líquenes podem ser encontrados em quase todos os habitats e áreas geográficas do planeta, desde o nível do mar até altas elevações alpinas.
Eles crescem em praticamente qualquer superfície: em casca, folhas, musgos, em outros líquens, rochas, paredes, lápides, telhados, superfícies expostas do solo e no solo como parte de uma crosta biológica.
Diferentes tipos se adaptaram para sobreviver em alguns dos ambientes mais extremos da Terra: tundra ártica, desertos quentes e secos, costas rochosas e pilhas de escória tóxica. Eles podem até viver “dentro de rochas sólidas”, crescendo entre os grãos.
Estima-se que 6% da superfície da Terra seja coberta por liquens. Existem cerca de 20.000 espécies conhecidas.
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Indicadores ambientais
São extremamente sensíveis à poluição, podendo indicar a qualidade do ar e até quantidade de metais pesados em áreas industriais.
Se o ar estiver limpo, os líquens tornam-se abundantes. No entanto, algumas espécies podem tolerar níveis bastante altos de poluição e são comumente encontradas em pavimentos, paredes e casca de árvores em áreas urbanas.
Os mais sensíveis a poluição são os fruticosos e foliosos, enquanto os líquenes mais tolerantes são todos de aspecto crocante.
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Crescimento
Os líquens podem ser de longa duração, alguns são considerados como os seres vivos mais antigos da terra.
A taxa de crescimento lenta e regular de alguns líquenes podem ser usados para datar os eventos.
Possuem frequentemente uma taxa de crescimento regular, mas muito lenta, inferior a um milímetro por ano. Diferentes espécies de líquenes foram medidas por crescer tão lentamente quanto 0,5 milímetro, e tão rapidamente quanto 0,5 metro por ano.
O tempo de vida é difícil de medir, porque o que se que define como o “mesmo” líquen individual, não é preciso. Os líquenes crescem quebrando vegetativamente uma peça, que pode ou não ser definida como o “mesmo” líquen, e dois líquens podem se fundir, tornando-se o “mesmo” líquen. Uma espécie ártica chamada “líquen do mapa” ( Rhizocarpon geographicum ) foi datada em 8.600 anos, aparentemente o organismo vivo mais antigo do mundo.
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Reprodução
Os liquens se reproduzem assexuadamente através de pequenos fragmentos especiais chamados de sorédios, que se soltam, sendo carregados pelo vento para lugares distantes.
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